Alergias: Histórias reais

Penny, 35 anos (injeções de alergia)


Existem pessoas que pensam que injeções de alergia são uma ótima maneira de controlar alergias - minha mãe é uma delas. Ela é enfermeira e tem tomado essas injeções há tanto tempo quanto eu. Eu, por outro lado, não as considero nem um pouco úteis. Após muitos anos de injeções, esta é definitivamente uma opinião embasada.

Eu era uma dessas crianças que estão com o nariz sempre escorrendo e com os olhos sempre inchados. Eu costumava ir a todos os lugares com minha reserva de lenços e colírios. Minha mãe me levou a um alergista pela primeira vez quanto eu tinha 5 anos. Ele me examinou e recomendou a remoção das minhas amígdalas e adenoides. Eu gostei de comer um montão de sorvete no pós-operatório, porém passar pela operação não ajudou minhas alergias. Naquele ano, eu comecei a tomar injeções de alergia; minha mãe decidiu que se as injeções pudessem me ajudar a aliviar minhas alergias, talvez também pudessem ajudá-la. Ela começou a tomar injeções junto comigo, pois tinha tanta vontade quanto eu de se aliviar das alergias.

Nos anos seguintes, nós duas lutamos para manter nossas alergias sob controle. Eu tomei minhas injeções e meus medicamentos corretamente, porém minhas alergias continuavam me incomodando. Elas me davam dores de cabeça e faziam meu nariz ficar entupido, porém os remédios que eu tomava para controlá-las me deixavam sonolenta e grogue. Mesmo os medicamentos que não dariam sonolência não ajudavam, porque tiravam o meu sono quando eu precisava.

Enquanto eu crescia, minha mãe e eu ainda tomávamos injeções. Quando eu me mudei para ir à faculdade, precisei mudar as coisas. Se eu quisesse continuar a tomar as injeções, teria de encontrar um novo médico. Não apenas isso, mas este médico precisaria estar próximo ao campus e com disponibilidade de me ver entre as aulas. Para ser honesta, eu não tinha muita vontade de continuar. Eu já era bastante cética em relação às injeções de alergia, e as dificuldades logísticas que eu tive durante a faculdade não me ajudaram a manter as injeções.

Quando eu terminei a faculdade e comecei a viver sozinha, decidi dar mais uma chance às injeções de alergia. Afinal de contas, eu não tinha tomado nenhuma nos 4 anos anteriores. Foi então que descobri o quão difícil seria tomar as minhas injeções, até mesmo com a melhor das intenções. Primeiramente, eu não conseguia encontrar um médico que pudesse me atender além das minhas horas normais de trabalho, então tive de encontrar brechas em meus dias de trabalho. Quando encontrei um médico de que gostei, ele estava tão ocupado que frequentemente tinha problemas em marcar uma consulta com ele que correspondesse à minha agenda de injeções - a agenda desse médico já estava cheia naquele mês e no seguinte! Entre as frustrações de agendar as injeções e a minha percepção de sua ineficácia, não demorou muito até eu largar o tratamento de vez.

Minhas alergias nunca melhoraram, porém ao longo dos anos encontrei maneiras de tolerá-las. Agora que estou mais velha e tenho mais experiência com minhas alergias, descobri alguns truques que me fazem sentir melhor. Eu não estou dizendo que estas injeções nunca funcionam, estou dizendo apenas que elas não funcionaram comigo. Minha mãe ainda toma suas injeções e diz que elas funcionam, porém às vezes eu fico em dúvida. Já faz quase três décadas agora e ela ainda precisa tomar injeções. Elas devem ajudá-la de algum jeito, porque ela ainda continua elogiando-as como sempre, porém me pergunto se ela pensava em tomá-las por anos e anos?

Minha mãe pensa que eu não dei uma chance ideal às injeções porque eu fui muito esporádica com elas na época de faculdade e depois. Do jeito que eu encaro as coisas, eu dei uma chance às injeções por 12 anos (dos 5 aos 18 anos). Se isso não for tempo suficiente para elas funcionarem, quanto tempo será então? Eu creio que estas injeções são uma ótima solução se funcionarem para você. Eu apenas estou não estou convencida de que elas funcionam para mim.

 


Data da revisão: 6/29/2011
Revisão feita por: Paula J. Busse, MD, Assistant Professor of Medicine, Division of Clinical Immunology, Mount Sinai School of Medicine, New York, NY, Review provided by VeriMed Healthcare Network. Also reviewed by David Zieve, MD, MHA, Medical Director, A.D.A.M., Inc.
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