Uma nova classe de medicamentos chamados de inibidores de imunoglobulina E (IgE) está disponível para tratar a asma relacionada a alergia. O omalizumabe foi a primeira terapia aprovada que tem como alvo a molécula de IgE.

É normal que as suas vias respiratórias se contraiam e inflamem quando você inala uma substância perigosa. Tal reação é uma tentativa do seu corpo de prevenir que a ameaça vá longe demais, para o interior dos seus pulmões. As vias respiratórias abrem-se novamente quando a ameaça passa.

Se você tem asma induzida por alergia, entretanto, suas vias respiratórias respondem excessivamente a substâncias a princípio inócuas chamadas alérgenos. A resposta do seu corpo a estes provocadores leva ao bloqueio das vias respiratórias e aos sintomas da asma.

A maioria das drogas para asma aliviam os sintomas simplesmente "enfraquecendo" a resposta ao desencadeador da asma. Em contrapartida, bloqueadores de IgE realmente previnem que a resposta ocorra a princípio.

Para compreender isto melhor, ajuda saber o que faz de alguma coisa um desencadeador da asma. Se você tem alergia a alguma substância como pólen, mofo ou ácaros de poeira (todos chamados de alérgenos), o seu corpo cria anticorpos IgE em excesso para aquela substância. Estes anticorpos reconhecem e lutam contra os alérgenos específicos. Porém, ter anticorpos IgE em excesso pode tornar o seu corpo responsivo demais a estes alérgenos e levar a uma reação alérgica como a asma.

O omalizumabe liga-se aos anticorpos IgE em excesso no seu sangue. Isto impede que os anticorpos IgE reconheçam os alérgenos provocadores da asma. Em outras palavras, o omalizumabe impede o corpo de super-reagir aos desencadeadores da asma ao tornar os anticorpos IgE ineficientes. Isto interrompe a resposta inflamatória excessiva antes mesmo de começar. O omalizumabe é administrado por injeção a cada 2 a 4 semanas para prevenir surtos de asma.

O omalizumabe foi aprovado nos Estados Unidos em 2003 para pacientes a partir de 12 anos de idade com asma persistente de moderada a grave. Normalmente, é recomendado apenas para pacientes com asma de moderada a grave relacionada a alergias. Frequentemente, estes pacientes tentaram doses completas de corticosteroides inaláveis e beta-agonista de longa duração, porém ainda não têm a asma inteiramente sob controle.

Este medicamento é administrado por injeção em um consultório médico a cada 2 a 4 semanas. O efeito colateral mais comum é uma vermelhidão no local da injeção. Entretanto, o medicamento pode causar uma reação alérgica grave envolvendo ameaça à vida (anafilaxia). Os pacientes podem desenvolver a anafilaxia após qualquer dose de omalizumabe, mesmo que não tenham tido reações à primeira injeção. Profissionais de saúde precisam observar os pacientes cuidadosamente por 2 horas após receberem uma injeção de omalizumabe. Entretanto, uma vez que uma reação alérgica pode ocorrer em até 24 horas após a injeção, os pacientes precisam saber os sinais e sintomas da anafilaxia e como autoadministrar o tratamento de emergência. Os sintomas podem incluir:

• Problemas para respirar
• Pressão no peito
• Tontura
• Desmaios
• Coceira e urticária
• Inchaço da boca e garganta

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