Etapa 4: Como a asma é diagnosticada
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Para diagnosticar a asma, o médico verá a ocorrência de três critérios:

  1. Se você tem episódios recorrentes em que o seu fluxo de ar torna-se bloqueado, resultando em pelo menos um dos sinais da asma
  2. O fluxo de ar bloqueado pode ser no mínimo parcialmente revertido com medicamentos (veja espirometria, abaixo)
  3. Outras possíveis causas dos seus sintomas são descartadas

Histórico médico


O médico avaliará o seu histórico médico a fim de identificar quais sintomas você teve, quando os seus sintomas ocorreram e por quanto tempo duraram. O médico questionará sobre possíveis desencadeadores, como alérgenos, exercícios ou exposição profissional a substâncias químicas. O médico também perguntará se você tem histórico familiar de asma, alergia, sinusite ou pólipos nasais.

Exame físico


O médico conduzirá um exame físico voltado para o trato respiratório superior, tórax e pele. O médico auscultará à procura de chiados e pode procurar secreções nasais, eczema e outros sintomas semelhantes relacionados à alergia.

Testes de função pulmonar


A espirometria é o exame mais confiável para o diagnóstico da asma. Um espirômetro é um instrumento que mede o volume máximo que você pode expirar após inspirar o mais profundamente que você puder. O volume total que você expirar é chamado de "capacidade vital forçada", ou CVF. O espirômetro também mede a quantidade de ar que você expira durante o primeiro segundo. (Isto é chamado de "volume expiratório forçado em um segundo", ou VEF1.) De forma geral, quanto mais rápido você expira durante o primeiro segundo de uma expiração completa, melhor.

O médico realizará a leitura diversas vezes. Os resultados dos seus CVF e VEF1 serão comparados com o que normalmente é observado em pessoas sem asma. O seu médico terá uma noção clara a partir destes dados de quanta "obstrução" há nas suas vias respiratórias.

Então, você receberá um broncodilatador, um medicamento que relaxa os músculos das suas vias respiratórias. Após o tempo necessário para o medicamento fazer efeito, você soprará no espirômetro novamente. Se agora você conseguir significativamente expirar mais ar, é uma forte indicação de que você tem asma.

Muitos médicos utilizam o "medidor de fluxo de pico" para diagnosticar a asma. Este dispositivo simples e portátil está disponível na maior parte dos consultórios médicos e pode permitir que um médico determine com rapidez e facilidade se a asma é o seu problema.

Tanto a espirometria quanto as medições do fluxo de pico requerem que você coopere durante o exame. Portanto, estes exames podem não ser práticos em crianças com menos de 6 anos de idade. (Um grande número de todos os casos de asma começam antes dos 6 anos de idade). Em crianças menores, a função pulmonar pode ser medida com uma técnica chamada oscilação forçada, que envolve simplesmente respirar ar vibrante. Com frequência, o diagnóstico é baseado no histórico médico e no exame físico, possivelmente com o auxílio de outros exames.

Outros exames


Não há um único exame ou conjunto de exames que seja adequado para todos os pacientes. O seu médico pode utilizar outros exames para ajudar a descartar outras causas dos seus sintomas, como raios-x do tórax. O médico realizará outros exames de função pulmonar para descartar bronquite crônica ou enfisema (especialmente se você for fumante ou idoso).

Algumas vezes, o médico pode acreditar que você tem asma mesmo quando suas leituras espirométricas forem normais. O seu médico então realizará um exame chamado broncoprovocação. (Este exame deve ser conduzido por um especialista treinado, em uma instalação adequada.)

Outros exames incluem raios-x do tórax, exames de alergia, exames para pólipos nasais e sinusite e avaliação para refluxo gastroesofágico. Os resultados do exame de alergias podem auxiliar no diagnóstico. O tratamento de alergias e de problemas nos seios da face pode ajudar você a controlar a sua asma.

Pigarro - Uma pista importante?

O pigarro pode ser um sintoma negligenciado da asma? Pesquisadores analisaram mais de 2.500 pais de crianças entre 3 e 5 anos de idade que frequentavam creches na ilha de Creta. Entre as perguntas realizadas: "O seu filho tem o hábito de pigarrear com frequência?" Mais de 100 pais disseram que sim. Muitas destas crianças já haviam sido diagnosticadas com asma, mas a maioria não havia.

Quando testes de função pulmonar foram realizados nas crianças que se acreditava que não tivessem asma, os resultados foram esclarecedores: todas estas crianças tinham asma leve que ainda não fora suspeitada! E suas funções pulmonares e pigarros melhoraram com os medicamentos para asma. O estudo, publicado em 10 de abril de 2003, em uma edição do New England Journal of Medicine, sugere que o pigarro pode ser o primeiro sinal da asma em algumas crianças. Crianças com asma se saem melhor com diagnóstico e tratamento precoces. É aconselhável que os médicos, pensando sobre a asma, perguntem aos pais acerca do pigarro e para os pais cujos filhos frequentemente pigarreiam, pode ser aconselhável consultar seus médicos sobre exames para asma.

Se for asma...


Se você ou seu filho tem asma ou chiado recorrente, consulte o seu médico saber sobre a categoria de asma. Para pessoas cuja asma ocorre de vez em quando, pode-se gerenciá-la com o uso esporádico de um medicamento de ação rápida que abra os brônquios, também chamado de broncodilatador. Estes medicamentos são chamados "beta-agonista de curta duração". O medicamento mais comum nesta classe é o albuterol.

Pessoas com sintomas da asma que ocorrem com frequência (chamada de asma persistente leve, moderada ou grave) saem-se muito melhor se também receberem medicamentos anti-inflamatórios ou preventivos. Normalmente, o medicamento anti-inflamatório é um inalador esteroide que é utilizado uma ou duas vezes por dia, todos os dias, para prevenir episódios de asma.

Um estudo, no entanto, descobriu que a maioria das crianças com asma persistente era considerada pelos pais e médicos como tendo asma intermitente. Dessa forma, não tiveram os medicamentos corretos, medicamentos que teriam realmente melhorado a asma e resultaria na menor necessidade do uso de albuterol. Classificar a sua asma é uma conversa que você quer ter!

Se não for asma...


De acordo com os Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos, "episódios recorrentes de tosse e chiado são quase sempre causados por asma, tanto em crianças quanto em adultos". Entretanto, há outras possibilidades. Uma certa quantidade de inflamação e estreitamento das vias respiratórias é uma resposta NORMAL a irritantes no ar. Por exemplo, o chiado recorrente pode ser originado em uma exposição contínua a fumaças químicas. Apenas será asma se o estreitamento for desproporcional à ameaça aos pulmões. E em jovens adultos, a "disfunção das cordas vocais" pode causar sintomas muito semelhantes à asma, como falta de ar e chiado.

Independente da idade, se a asma for descartada, o seu médico considerará outras possíveis causas.

Referências


National Asthma Education and Prevention Program Expert Panel Report 3: Guidelines for the Diagnosis and Management of Asthma. Rockville, MD. National Heart, Lung, and Blood Institute, US Dept of Health and Human Services; 2007. NIH publications 08-4051.

 

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Data da revisão: 6/29/2012
Revisão feita por: Allen J. Blaivas, DO, Clinical Assistant Professor of Medicine UMDNJ-NJMS, Attending Physician in the Division of Pulmonary, Critical Care, and Sleep Medicine, Department of Veteran Affairs, VA New Jersey Health Care System, East Orange, NJ. Review provided by VeriMed Healthcare Network. Previoulsy reviewed by David A. Kaufman, MD, Section Chief, Pulmonary, Critical Care & Sleep Medicine, Bridgeport Hospital-Yale New Haven Health System, and Assistant Clinical Professor, Yale University School of Medicine, New Haven, CT. Review provided by VeriMed Healthcare Network. (6/1/2010)
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