Etapa 6: Utilize a insulina todos os dias |
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A maioria das pessoas com diabetes tipo 1 precisam de, no mínimo, duas doses de insulina por dia para um bom controle do açúcar no sangue. Muitos diabéticos tomam três ou quatro doses por dia. A insulina não pode ser tomada em comprimidos por ser uma proteína: ela seria digerida antes de chegar à corrente sanguínea. Entretanto, as injeções não são a única opção – um número crescente de pessoas administram a insulina por meio de uma bomba de insulina, similar a um pager e descrita no fim desta etapa.
Para quem utiliza injeções, eis o que é preciso saber:
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As pessoas respondem de forma diferente à insulina, e os tipos diferentes de insulina funcionam com velocidades diferentes. Seu médico determinará a melhor insulina para a sua situação.
A insulina está dividida em cinco categorias dependendo de quão rápida funciona:
Tipo de insulina | Começa a funcionar em... | Duração |
De ação ultrarrápida | 15 minutos | De 3 a 5 horas |
De ação rápida | De 30 a 60 minutos | De 5 a 8 horas |
De ação intermediária | De 1 a 3 horas | De 10 a 18 horas |
De ação lenta | De 1 a 2 horas | De 18 a 24 horas |
Mistura de combinação | 30 minutos | De 12 a 18 horas |
Insulina injetada: onde e quando
A insulina é injetada na gordura embaixo da pele utilizando uma agulha pequena. Existem diversos locais no corpo onde ela pode ser injetada. A insulina funciona mais consistentemente quando injetada na parte inferior do abdômen. O corpo pode absorvê-la rapidamente se injetada no braço ou na perna, especialmente com exercício. Seu médico conversará sobre estes métodos com você.
Alterne os locais da injeção para dar tempo à pele para se recuperar em cada ponto. Sempre injete no tecido adiposo, nunca no músculo.
Dependendo do tipo de insulina, as injeções precisam ser dadas de 15 a 30 minutos antes das refeições, conforme estabelecido pelo médico.
Outros métodos de injeção
Diversos dispositivos de injeção estão disponíveis para as pessoas que preferem não utilizar o método tradicional de agulha e seringa:
Bombas de insulina
A bomba de insulina é um pequeno dispositivo mais ou menos do tamanho de um pager que contém um estoque de insulina. Um tipo de bomba pode ser utilizado em um bolso ou cinto. Um pequeno tubo de plástico sai do dispositivo e termina com uma agulha que é inserida sob a pele, geralmente na região do abdômen. A bomba envia uma pequena quantidade fixa de insulina o tempo todo – isto é chamado de dose "basal". Além disso, você recebe uma dose extra (um "bolo") antes das refeições. Pode-se autoadministrar uma dose de "correção" para equilibrar o nível de glicose se ele estiver muito alto ou muito baixo. A bomba possui a habilidade de programação e de rastreamento de dados.
As bombas podem ajudar algumas pessoas com variações no nível de glicose, controle de glicose durante o sono e, no geral, fornecer controle estrito dos níveis de glicose. Permitem um cronograma de refeições e de atividades mais flexível.
A bomba é um método muito conveniente para administração de insulina, mas, como qualquer outro método, há desvantagens. O tubo pode entupir ou a agulha pode escapar, o ponto de inserção pode infeccionar e existe um risco mais alto de cetoacidose (descrita na etapa 10). Também exige um monitoramento mais frequente da glicose do sangue.
Apesar destas desvantagens, o número de pessoas que utilizam as bombas de insulina está aumentando bastante. Algumas pessoas as amam; outras tentam a bomba e voltam para as injeções. Geralmente existe um período de ajuste para utilizá-la e mantê-la no corpo o tempo todo.
Como visto na visualização ampliada, a insulina é transportada ao tecido adiposo do corpo para ajudar a controlar os níveis de glicose no sangue. |
Referências
American Diabetes Association. Standards of medical care in diabetes--2009. Diabetes Care. 2009 Jan;32 Suppl 1:S13-61.
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