Diabetes: Uma história real |
|
Nancy W., uma mulher de 42 anos que vive em Ohio, tem diabetes tipo 1. Ela tinha 10 anos quando foi diagnosticada com diabetes. Nancy respondeu às questões abaixo sobre como é viver com essa condição.
Nancy, como você descobriu que era portadora de diabetes?
Eu estava desidratada, bebia muita água gelada dos bebedouros da escola e ia ao banheiro umas 19 vezes por dia. Meu cabelo estava caindo. Minha escova estava sempre cheia. Eu pesava 30 kg e passei a pesar 20 em mais ou menos um mês.
Eu fui diagnosticada logo após o Halloween e minha reação inicial foi de que jamais poderia comer doces novamente. O médico disse que eu teria que tomar injeções, mas eu não me lembro de ter me preocupado muito com isso.
Levou um mês antes de eu poder realmente aplicar minha primeira injeção em mim mesma. Eu não testava meus níveis de açúcar no sangue até eu ter meus 20 anos. Acho que não existiam equipamentos domésticos para medição da glicose até aquele momento. Eu utilizava tiras de teste de urina.
Qual foi o papel dos seus pais na administração do diabetes quando você era mais jovem?
Ambos estavam envolvidos. Meu pai é engenheiro e cientista e queria que tudo fosse muito "preciso"... a medição da insulina e onde eu aplicava a injeção. Eles me faziam escrever Seg, Ter, Qua, Qui, Sex, Sáb, Dom nas minhas pernas com um marcador para que eu soubesse em qual perna tinha aplicado a injeção no dia anterior. Ao que me lembro, eu sempre usava um marcador roxo.
Meus pais acharam que seria uma boa ideia se um de seus amigos, que era médico, me ensinasse a aplicar as injeções eu mesma.
Qual foi o impacto do diabetes na sua vida pessoal e familiar?
Eu sou muito mais consciente quanto a comer de forma saudável para mim e minha família. Eu lembro de comer alimentos especiais para diabéticos, como refrigerantes dietéticos, que minha mãe comprava somente para mim e não para os meus irmãos. Ela também comprava barras de chocolate grandes para que eu pudesse ingerir "açúcar" antes das aulas de ginástica. Meu marido é muito compreensivo quanto às minhas necessidades e entende que eu tenho baixa taxa de açúcar no sangue. Eu sinto que minha vida gira em torno do meu diabetes e sempre sei qual o impacto minhas escolhas alimentares terão na minha saúde. Geralmente, eu me preocupo um pouco, mas, às vezes, eu me rendo e como o que eu estiver com vontade e acabo elevando a taxa de açúcar. Então, começo tudo de novo no dia seguinte.
Que rotina você segue atualmente para administrar seu diabetes?
Eu testo meus níveis de glicose de 4 a 7 vezes ao dia. Faço um teste de hemoglobina A1c quatro vezes por ano. Cuido do que eu como. Eu mudei minha dieta três anos atrás, para inserir proteínas em todas as minhas refeições. Eu costumava ingerir proteínas talvez três vezes por semana, comendo peixe ou tofu no jantar.
Você já passou por situações de emergências, e se passou, o que aconteceu?
Minha taxa de açúcar no sangue caiu muito várias vezes e eu acabei no hospital com glicose intravenosa. Acho que umas quatro vezes entre 25 e 30 e poucos anos.
Você tem alguma outra lembrança importante envolvendo o diabetes?
Eu lembro muito bem do pai da minha amiga vindo em casa todos os dias para ajudar a aplicar minha insulina. E lembro de ficar no hospital por oito dias quando fiquei diabética. Uma das minhas tias veio me visitar no hospital. Lembro das enfermeiras me ensinando a aplicar a injeção em uma laranja.
Como é ter diabetes hoje?
Eu tenho administrado meu diabetes muito melhor nos últimos três anos do que durante todos os anos anteriores. A mudança foi fazer melhores escolhas na minha dieta que funcionaram melhor com a insulina que eu tomo.
A parte mais difícil de ter diabetes é quando que faço escolhas alimentares erradas, como comer bolo, chocolate, Sweet Tarts ou pirulitos, e a reação é a alta taxa de açúcar no sangue... então, eu sinto como se tivesse falhado novamente.
Mas, na maioria das vezes, aos 42 anos, sou muito mais capaz de administrar as coisas por mim mesma do que quando tinha 10 ou mesmo 20 anos.
O que você diria a alguém que acabou de ser diagnosticado com diabetes tipo 1?
Faça as melhores escolhas alimentares que você puder para corresponder à quantidade de insulina que você toma e pratique exercícios continuamente durante toda sua vida. Ouça o seu médico, tenha um bom nutricionista e um bom educador de diabetes, além de participar de um grupo de apoio para ajudá-lo.
Você tem algum conselho para os pais?
Ajudem seus filhos dando-lhes bons exemplos e tentem tornar o diabetes o mais normal possível, adequando-se ao estilo de vida que a criança tem que viver. Hoje em dia, as opções para as crianças são muito mais sofisticadas do que quando eu fui diagnosticada. Há muitos tipos diferentes de insulinas disponíveis, medidores de sangue e apoio.
A Nancy está certa: a quantidade de opções tanto para crianças quanto para adultos com diabetes continua a crescer. Por exemplo, há inúmeros produtos disponíveis para ajudá-lo a testar a glicose sanguínea. Pergunte ao seu médico ou conselheiro em diabetes sobre esses produtos e tente descobrir o máximo possível sobre os benefícios e as desvantagens de cada um. Para uma visão geral de alguns tipos diferentes de equipamentos, leia Dispositivos de teste novos e atualizados. |
![]() |