Respostas do Dr. Greene |
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PERGUNTA:
Parece que atualmente muitas pessoas estão fazendo dietas com baixa ingestão de carboidratos. Elas são seguras para uma pessoa com diabetes?
– Linda.
DR. ALAN GREENE:
Linda, essa é uma excelente pergunta que tenho certeza que muitas pessoas com diabetes estão fazendo. A popularidade de dietas com ingestão muito baixa de carboidratos e alta ingestão de proteínas aumentou nos últimos anos. A mídia (e provavelmente alguns dos seus amigos) faz afirmações de quanto peso você perde se seguir esse plano. Como a perda de peso é uma meta importante no tratamento de diabetes tipo 2, a ideia de comer poucos carboidratos e completar as calorias com alimentos com alto teor de proteína (que muitas vezes também contêm muita gordura) pode ter algum apelo teórico.
Contudo, você deve saber que dietas com baixa ingestão de carboidratos (restringindo o carboidrato total a menos de 130 gramas por dia) não são recomendadas para o controle de diabetes, de acordo com as Diretrizes da Prática Clínica de 2012, que são as normas oficiais de cuidados médicos para diabetes, embora haja certa controvérsia a esse respeito na comunidade médica.
Exemplos de dietas com baixa ingestão de carboidratos incluem Dr. Atkins' New Diet Revolution, The Zone, The South Beach Diet, Protein Power, The Carbohydrate Addict's Diet e Sugar Busters. Os níveis de gordura e carboidratos variam em cada dieta, mas, no geral, todas elas limitam a ingestão de carboidratos e têm um total de calorias muito baixo.
Eis algumas áreas de preocupação com dietas de baixa ingestão de carboidratos:
Por outro lado, há alguns possíveis benefícios das dietas pobres em carboidratos:
Embora não seja defendida uma dieta única especificamente para o diabetes tipo 2, as orientações atuais da American Diabetic Association (ADA) destaca o trabalho com um nutricionista credenciado familiarizado com a terapia nutricional médica para diabetes. Com essa ajuda você pode tomar conhecimento dos melhores tipos e quantidades de carboidratos indicados para você. Você poderá limitar a ingestão de gordura saturada a menos de 7% do total de calorias para minimizar ou eliminar as gorduras trans e evitar proteína demais (especialmente se você já tem qualquer problema renal crônico). Se você decidir usar álcool, isso deve ser limitado a uma quantidade moderada (menor que um drinque por dia para mulheres adultas e menos de dois drinques por dia para homens adultos).
Talvez o que você inclui é ainda mais importante do que você limita. Você deve incluir grande quantidade de vegetais, frutas, legumes, cereais ricos em fibra e alimentos integrais na sua alimentação.
Em geral, a ADA sugere que metade do seu prato seja composto por vegetais e folhas verdes, 1/4 do seu prato seja composto por proteína magra e 1/4 por grãos integrais, frutas ou outros carboidratos saudáveis.
Alan Greene se formou pela Universidade Princeton e pela escola de medicina da Universidade da Califórnia em São Francisco. Após o término da sua residência em pediatria no Children's Hospital Medical Center of Northern California em 1993, ele atuou como Residente Chefe. Durante seu ano como Chefe, Dr. Greene foi aprovado nos comitês pediátricos junto aos melhores 5% do país.
Dr. Greene ingressou na pediatria de cuidados primários em janeiro de 1993. Ele está na Faculdade Clínica da Escola de Medicina da Faculdade de Stanford, onde atende pacientes e ensina aos residentes. Ele é o Diretor Médico Chefe da A.D.A.M., Inc., principal provedor de informações de saúde ao consumidor e ajuda a dirigir o processo editorial da A.D.A.M. Como Diretor Médico da A.D.A.M., ele foi membro fundador da Hi-Ethics (Health Internet Ethics) e ajudou a URAC a desenvolver seus padrões para credenciamento do eHealth. Ele também é fundador e CEO da DrGreene.com. O Dr. Greene também foi nomeado Herói da Saúde na Internet pela Intel, na área de saúde infantil. Ele é autor, especialista médico e personalidade de mídia.
Ele é autor do The Parent's Complete Guide to Ear Infections (People's Medical Society, 1997). O Dr. Greene apareceu em várias publicações, incluindo o Wall Street Journal, Parenting, Parent, Child, American Baby, Baby Talk, Working Mother, Better Home's & Gardens e Reader's Digest. Ele também aparece frequentemente em programas de televisão e de rádio como especialista médico.
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