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Hipercalcemia

Cálcio - elevado; Níveis aumentados de cálcio; Hiperparatireoidismo - hypercalcemia

Hipercalcemia é o excesso de cálcio no sangue.

Causas

O hormônio da paratireoide (PTH) e a vitamina D ajudam a controlar o equilíbrio do cálcio no corpo.

  • O PTH é produzido pelas glândulas paratireoides, quatro pequenas glândulas localizadas no pescoço atrás da glândula tireoide.
  • A vitamina D é obtida pela exposição da pele à luz solar e de fontes alimentares.

A causa mais comum de hipercalcemia é a liberação aumentada de PTH pelas paratireoides. O excesso de PTH pode ocorrer devido a:

  • Um aumento de tamanho de uma ou mais glândulas paratiroides
  • Um tumor (geralmente benigno) em uma das glândulas

Outras condições médicas que também podem causar hipercalcemia incluem:

  • Alguns tipos de câncer, como câncer de pulmão e de mama
  • Excesso de vitamina D
  • Estar acamado (ou não ser capaz de se mover) por um longo período de tempo
  • Excesso de cálcio na dieta, geralmente devido à ingestão de pelo menos 2.000 miligramas de cálcio por dia
  • Hipertireoidismo
  • Insuficiência renal
  • Medicamentos, como lítio e diuréticos tiazídicos
  • Algumas infecções ou outras condições médicas, como doença de Paget e sarcoidose
  • Uma doença hereditária que afeta o metabolismo do cálcio

Homens e mulheres de todas as idades podem apresentar hipercalcemia. No entanto, mulheres com mais de 50 anos têm maior risco. Na maioria dos casos, a hipercalcemia é decorrente do hiperparatireoidismo primário.

Sintomas

A condição é mais frequentemente diagnosticada em estágio inicial através de exames de sangue de rotina. A maioria das pessoas não tem sintomas.

Os sintomas podem variar, dependendo da causa e da duração da hipercalcemia. Eles podem incluir:

  • Sintomas digestivos, como náuseas ou vômitos, falta de apetite ou constipação
  • Aumento da sede ou da micção, devido a alterações renais
  • Fraqueza muscular
  • Mudanças do funcionamento do cérebro, como cansaço, fadiga ou confusão mental
  • Dor óssea e alterações de longo prazo da coluna vertebral, caso haja acometimento dos ossos

Sinais e exames

Um diagnóstico preciso é necessário em casos de hipercalcemia. Pacientes com cálculos renais devem realizar exames complementares para investigação de hipercalcemia.

  • Cálcio sérico
  • PTH sérico
  • PTHrP sérico (proteína relacionada ao PTH)
  • Nível de vitamina D no soro
  • Cálcio na urina

Tratamento

O tratamento visa a causa da hipercalcemia sempre que possível. Nas pessoas com hiperparatireoidismo primário, pode ser necessário realizar uma cirurgia para retirar a glândula paratireoide anormal, curando a hipercalcemia.

Contudo, se a hipercalcemia for moderada, seu médico poderá considerar a opção de monitorar a doença. Discuta com o seu médico se essa abordagem é adequada para você.

A hipercalcemia grave que causa sintomas e exige internação é geralmente tratada com:

  • Fluidos por via intravenosa (a parte mais importante do tratamento)
  • Calcitonina
  • Diálise, se há dano renal
  • Medicamento diurético, como furosemida
  • Medicamentos que impedem a reabsorção óssea (bisfosfonatos)
  • Glicocorticoides (esteroides)

Expectativas (prognóstico)

O sucesso do tratamento depende da causa da hipercalcemia. Pacientes com hiperparatireoidismo moderado ou hipercalcemia com uma causa tratável obtêm êxito no tratamento e geralmente não têm complicações.

Pacientes com hipercalcemia causada por doenças tais como câncer ou sarcoidose podem não ter sucesso, mas isso geralmente se deve à própria doença e não à hipercalcemia.

Complicações

Doença gastrointestinal

Rim

Psicológicas

  • Depressão
  • Dificuldade de concentração ou raciocínio

Esqueléticas

Essas complicações da hipercalcemia de longo prazo são incomuns nos dias de hoje.

Quando contatar um profissional de saúde

Consulte o seu médico se tiver:

  • Histórico familiar de hipercalcemia
  • Histórico familiar de hiperparatireoidismo
  • Sintomas de hipercalcemia

Prevenção

A maioria das causas da hipercalcemia não pode ser evitada. Mulheres acima dos 50 anos devem consultar o médico regularmente e fazer exame de sangue para verificar os níveis de cálcio caso tenham sintomas de hipercalcemia.

Converse com o seu médico sobre a dose adequada de cálcio e vitamina D para você.

Referências

Bringhurst FR, Demay MB, Kronenberg HM. Hormones and disorders of mineral metabolism. In: Melmed S, Polonsky KS, Crane RT, Larsen PR, Kronenberg HM, eds. Williams Textbook of Endocrinology. 13th ed. Philadelphia, PA: Elsevier; 2016:chap 28.

Ferri FF. Milk-alkali syndrome. In: Ferri FF, ed. Ferri's Clinical Advisor 2016. Philadelphia, PA: Elsevier; 2016:803.

Thakker RV. The parathyroid glands, hypercalcemia, and hypocalcemia. In: Goldman L, Schafer AI, eds. Goldman' s Cecil Medicine. 25th ed. Philadelphia, PA: Elsevier Saunders; 2016:chap 245.

  • Glândulas endócrinas - Ilustração

    As glândulas endócrinas liberam hormônios (mensageiros químicos) no sangue para serem transportados para diversos órgãos e tecidos em todo o corpo. Por exemplo, o pâncreas secreta insulina, que permite ao corpo regular os níveis de açúcar no sangue. A tireoide recebe instruções da pituitária para secretar hormônios que determinam o ritmo da atividade química no corpo (quanto mais hormônios no sangue, mais rápida é a atividade química, e quanto menos hormônios, mais lenta é a atividade química).

    Glândulas endócrinas

    Ilustração

  • Glândulas endócrinas - Ilustração

    As glândulas endócrinas liberam hormônios (mensageiros químicos) no sangue para serem transportados para diversos órgãos e tecidos em todo o corpo. Por exemplo, o pâncreas secreta insulina, que permite ao corpo regular os níveis de açúcar no sangue. A tireoide recebe instruções da pituitária para secretar hormônios que determinam o ritmo da atividade química no corpo (quanto mais hormônios no sangue, mais rápida é a atividade química, e quanto menos hormônios, mais lenta é a atividade química).

    Glândulas endócrinas

    Ilustração

 

Data da revisão: 2/3/2016

Revisão feita por: Brent Wisse, MD, Associate Professor of Medicine, Division of Metabolism, Endocrinology & Nutrition, University of Washington School of Medicine, Seattle, WA. Also reviewed by David Zieve, MD, MHA, Isla Ogilvie, PhD, and the A.D.A.M. Editorial team.

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