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Cistite intersticial

Cistite - intersticial; CI

A cistite intersticial é uma inflamação crônica da bexiga, causando dor, sensação de pressão e ardência.

Causas

A bexiga é um órgão em forma de balão revestido por uma fina camada muscular. Sua função é armazenar a urina. Quando a bexiga está cheia, um sinal é enviado ao cérebro, resultando em contração dos músculos da bexiga. Na maioria das pessoas, esses sinais não são enviados até que a bexiga esteja quase cheia. No entanto, em pessoas com cistite intersticial, o sinal para esvaziamento da bexiga é enviado com mais frequência e antes de a bexiga estar cheia.

A cistite intersticial ocorre mais frequentemente entre os 30 e 40 anos, embora possa ocorrer em pessoas mais jovens.

Mulheres têm uma probabilidade 10 vezes maior de apresentar cistite intersticial que homens.

A causa exata dessa condição é desconhecida.

Sintomas

Os sintomas da cistite intersticial são crônicos. Eles são intermitentes, com períodos de menor ou maior gravidade. Sintomas comuns incluem:

  • Sensação de pressão ou desconforto (leve a grave)
  • Urgência urinária
  • Sensação de queimação na região pélvica
  • Dor durante relações sexuais

Muitas pessoas com cistite intersticial por muito tempo também apresentam depressão devido à dor e às mudanças no estilo de vida.

Sinais e testes

O seu médico irá investigar outras causas para os seus sintomas, incluindo:

  • Doenças sexualmente transmissíveis
  • Câncer de bexiga
  • Infecções da bexiga
  • Cálculo renal ou de uretra

Exames de urina podem investigar infecção ou células que sugerem câncer. Durante uma cistoscopia, seu médico usa um tubo especial com uma câmera pequena para visualizar o interior da bexiga. Uma amostra para biópsia poderá ser retirada.

Outros testes ambulatoriais podem ser feitos para mostrar a quantidade de urina necessária para desencadear a vontade de urinar e se a bexiga esvazia completamente após a micção.

Tratamento

Não há cura para cistite intersticial e não há um tratamento padrão comprovadamente eficaz para a maioria dos pacientes. Os resultados variam de pessoa para pessoa.

DIETA E ESTILO DE VIDA

Alguns pacientes acreditam que mudanças em suas dietas podem ajudar a controlar os sintomas. Tente evitar alimentos e bebidas que possam causar irritação na bexiga. Corte um alimento de cada vez e observe se há melhora dos sintomas. Reduzir a consumação ou eliminar café, chocolate, bebidas gaseificadas, bebidas cítricas e alimentos com alto teor de vitamina C pode ajudar.

Abaixo são listados alguns dos alimentos que, de acordo com a Associação de Cistite Intersticial norte-americana, podem causar irritação na bexiga:

  • Queijos curtidos
  • Álcool
  • Adoçantes artificiais
  • Fava e feijão-de-lima
  • Carnes curadas, processadas, defumadas, enlatadas, curtidas ou que contenham nitritos
  • A maioria das frutas, exceto mirtilo, melão doce e peras
  • Nozes, exceto amêndoa, castanha-de-caju e pinhão
  • Cebola
  • Pão de centeio
  • Condimentos que contenham glutamato monossódico (MSG)
  • Creme azedo
  • Pão de massa azeda
  • Soja
  • Chá
  • Tofu
  • Tomates
  • Iogurte

Seu médico discutirá com você métodos para o treinamento da bexiga, incluindo urinar em horários específicos ou técnicas de biofeedback para aliviar os espasmos dos músculos do assoalho pélvico.

MEDICAMENTOS E PROCEDIMENTOS

A combinação de terapia com medicamentos pode ajudar, incluindo:

  • Pentosano polissulfato de sódio, um medicamento via oral
  • Antidepressivos tricíclicos, como amitriptilina, para aliviar a dor e a frequência urinária
  • Hidroxizina, um anti-histamínico que causa sedação e ajuda a reduzir a frequência urinária

Outras terapias podem incluir:

  • Hidrodistensão da bexiga (enchimento excessivo da bexiga com líquido sob anestesia geral)
  • Medicamentos instilados diretamente na bexiga, incluindo dimetilsulfóxido, heparina ou lidocaína
  • Remoção da bexiga (cistectomia) em casos muito difíceis, raramente feita atualmente

Grupos de apoio

Algumas pessoas podem achar útil frequentar um grupo de apoio com outros pacientes vivendo com cistite intersticial.

Expectativas (prognóstico)

Os resultados dos tratamentos variam. Algumas pessoas respondem bem a tratamentos simples e mudanças na dieta. Outros podem necessitar de tratamentos extensivos ou cirurgia.

Quando contatar um profissional de saúde

Consulte um médico se você apresentar sintomas de cistite intersticial. Certifique-se de mencionar que você suspeita dessa condição. Ela não é facilmente reconhecida ou diagnosticada.

Referências

Ferri FF. Interstial cyctitis. In: Ferri FF, ed. Ferri's Clinical Advisor 2016. Philadelphia, PA: Elsevier Mosby; 2016:712-713.

French LM, Bhambore N. Interstitial cystitis/painful bladder syndrome. Am Fam Physician. 2011;83(10):1175-1181. PMID: 21568251 www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21568251.

Hanno PM. Bladder pain syndrome (interstitial cystitis) and related disorders. In: Wein AJ, Kavoussi LR, Partin AW, Peters CA, eds. Campbell-Walsh Urology. 11th ed. Philadelphia, PA: Elsevier; 2016:chap 14.

Hanno PM, Burks DA, Clemens JQ, et al; Interstitial Cystitis Guidelines Panel of the American Urological Association Education and Research, Inc. AUA guideline for the diagnosis and treatment of interstitial cystitis/bladder pain syndrome. JUrol. 2011;185(6):2162-2170. PMID: 21497847 www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21497847.

  • Trato urinário feminino - Ilustração

    Os tratos urinários femininos e masculinos são relativamente iguais, exceto para a extensão da uretra.

    Trato urinário feminino

    Ilustração

  • Trato urinário masculino - Ilustração

    Os tratos urinários masculinos e femininos são relativamente iguais, exceto para a extensão da uretra.

    Trato urinário masculino

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    Os tratos urinários femininos e masculinos são relativamente iguais, exceto para a extensão da uretra.

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    Os tratos urinários masculinos e femininos são relativamente iguais, exceto para a extensão da uretra.

    Trato urinário masculino

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Data da revisão: 5/1/2017

Revisão feita por: Jennifer Sobol, DO, urologist with the Michigan Institute of Urology, West Bloomfield, MI. Review provided by VeriMed Healthcare Network. Also reviewed by David Zieve, MD, MHA, Medical Director, Brenda Conaway, Editorial Director, and the A.D.A.M. Editorial team.

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