Leishmaniose
Calazar; Leishmaniose cutânea; Leishmaniose visceralA leishmaniose é uma doença parasitária transmitida pela picada do mosquito-palha.
Causas
A leishmaniose é causada por um pequeno parasita do gênero Leishmania, um protozoário. Protozoários são organismos unicelulares.
Existem diferentes formas de leishmaniose.
- A leishmaniose cutânea afeta a pele e as membranas mucosas. As úlceras cutâneas geralmente começam no local da picada do mosquito. Elas podem durar meses ou anos antes de cicatrizarem por conta própria. Em algumas pessoas, as úlceras podem se desenvolver em membranas mucosas.
- A leishmaniose visceral ou sistêmica atinge o corpo todo. Essa forma ocorre de 2 a 8 meses após a picada do mosquito. A maioria das pessoas não se lembra da lesão de pele. Esse tipo de leishmaniose pode resultar em complicações fatais. Os parasitas prejudicam o sistema imunológico reduzindo o número das células de defesa.
Há relatos de casos de leishmaniose em todos os continentes, exceto na Oceania e na Antártida. Nas Américas, a leishmaniose pode ser encontrada no México e na América do Sul.
Sintomas
Os sintomas da leishmaniose dependem do local das lesões, podendo incluir:
- Dificuldade para respirar
- Feridas cutâneas, que podem se transformar em úlceras com cicatrização lenta
- Congestão, corrimento e sangramento nasal
- Dificuldade de engolir
- Úlceras e áreas de erosão na boca, na língua, nas gengivas, nos lábios, no nariz e nas narinas
A infecção visceral sistêmica em crianças começa geralmente com:
- Tosse
-
Diarreia
Diarreia
A diarreia consiste na evacuação de fezes líquidas ou pastosas.
ImagenLer artigo agora Adicionar a favoritos - Febre
-
Vômitos
Vômitos
Náusea é a sensação de vontade de vomitar. Vomitar é forçar o conteúdo do estômago para cima através do esôfago e para fora da boca.
ImagenLer artigo agora Adicionar a favoritos
Os adultos costumam ter febre de 2 semanas a 2 meses, junto com sintomas como fadiga, fraqueza e perda de apetite. A fraqueza aumenta conforme a doença se agrava.
Fadiga
Fadiga é uma sensação de desgaste, cansaço ou falta de energia.
Ler artigo agora Adicionar a favoritosOutros sintomas de leishmaniose visceral sistêmica podem incluir:
- Desconforto na região abdominal
- Febre cíclica que dura por semanas
- Sudorese noturna
- Pele acinzentada, escamosa, escura ou pálida
- Queda de cabelo
- Perda de peso
Sinais e exames
Um exame físico pode mostrar sinais de aumento no baço, no fígado e nos linfonodos. O paciente pode ter sido picado por mosquito-palha ou ter visitado ou viver em uma região onde há leishmaniose.
Os testes que podem ser realizados para diagnosticar a doença incluem:
- Biópsia do baço e cultura
- Biópsia da medula óssea e cultura
- Ensaio de aglutinação direta
- Teste indireto de imunofluorescência para anticorpo
- Teste de PCR para leishmaniose
- Biópsia de fígado e cultura
- Biópsia de linfonodo e cultura
- Teste de Montenegro
- Biópsia cutânea e cultura
Outros testes que podem ser realizados incluem:
- Hemograma completo
- Teste serológico
- Albumina sérica
- Níveis séricos de imunoglobulina
- Proteína sérica
Tratamento
Medicamentos chamados de antimoniais são as principais drogas usadas para tratar a leishmaniose, incluindo:
- Antimoniato de meglumina
- Estibogluconato de sódio
Outros medicamentos que podem ser usados:
- Anfotericina B
- Cetoconazol
- Miltefosine
- Paromomicina
- Pentamidina
Pode ser necessária cirurgia plástica para corrigir a desfiguração resultante das lesões na face (leishmaniose cutânea).
Expectativas (prognóstico)
Com os medicamentos adequados, o índice de cura é alto. Os pacientes devem ser tratados antes que o sistema imunológico seja danificado. A leishmaniose cutânea pode causar desfiguração.
Normalmente, a morte é causada por complicações (outras infecções, por exemplo) e não pela doença em si. O óbito em geral ocorre dentro de 2 anos.
Complicações
Complicações da leishmaniose incluem:
- Sangramento (hemorragia)
- Infecções fatais decorrentes de danos ao sistema imunológico
- Desfiguração da face
Quando contatar um profissional de saúde
Procure um médico se você apresentar sintomas de leishmaniose se você morar em uma região endêmica ou depois de visitar uma região onde essa doença ocorre.
Prevenção
A forma de proteção mais imediata é a prevenção contra as picadas do mosquito-palha. É possível se proteger de picadas com:
- Mosquiteiros (em regiões onde essa doença ocorre)
- Janelas com tela
- Uso de repelente
- Uso de roupa protetora
As medidas de saúde pública para reduzir a população do mosquito-palha e os reservatórios animais são importantes. Não há vacinas ou medicamentos preventivos para a leishmaniose.
Referências
Boelaert M, Sundar S. Leishmaniasis. In: Farrar J, Hotez PJ, Junghanss T, Kang G, Lalloo D, White NJ, eds. Manson's Tropical Diseases. 23rd ed. Philadelphia, PA: Elsevier Saunders; 2014:chap 47.
Magill AJ. Leishmania species. In: Bennett JE, Dolin R, Blaser MJ, eds. Mandell, Douglas, and Bennett's Principles and Practice of Infectious Diseases, Updated Edition. 8th ed. Philadelphia, PA: Elsevier Saunders; 2015:chap 277.
-
Leishmaniose - Ilustração
A leishmaniose é uma doença parasítica transmitida pela picada do mosquito-palha e pode causar doença de pele e sistêmica. A forma sistêmica pode ser fatal, mas o tratamento com compostos contendo antimônio produz uma alta taxa de cura.
Leishmaniose
Ilustração
-
Leishmaniose mexicana - lesão na bochecha - Ilustração
Parasitas são depositados na pele por uma picada do mosquito-palha. Esses parasitas (leishmania) produzem uma lesão local no ponto da picada e migram através do corpo, causando destruição de tecido em pontos distantes.
Leishmaniose mexicana - lesão na bochecha
Ilustração
-
Leishmaniose no dedo - Ilustração
Há diversos tipos diferentes de leishmaniose, mas todos são transmitidos pela picada do mosquito-palha. Uma ferida inicial se desenvolve no local da picada, como mostrado aqui. A infecção pode se espalhar pelo corpo a partir desse ponto.
Leishmaniose no dedo
Ilustração
-
Leishmania panamensis no pé - Ilustração
Há diversos tipos diferentes de leishmaniose, mas todos são transmitidos pela picada do mosquito-palha. Uma ferida inicial se desenvolve no local da picada, como mostrado aqui. A infecção pode se espalhar pelo corpo a partir desse ponto.
Leishmania panamensis no pé
Ilustração
-
Leishmania panamensis - imagem detalhada - Ilustração
Há diversos tipos diferentes de leishmaniose, mas todos são transmitidos pela picada do mosquito-palha. Esta é a aparência típica do estágio inicial da leishmaniose.
Leishmania panamensis - imagem detalhada
Ilustração
-
Leishmaniose - Ilustração
A leishmaniose é uma doença parasítica transmitida pela picada do mosquito-palha e pode causar doença de pele e sistêmica. A forma sistêmica pode ser fatal, mas o tratamento com compostos contendo antimônio produz uma alta taxa de cura.
Leishmaniose
Ilustração
-
Leishmaniose mexicana - lesão na bochecha - Ilustração
Parasitas são depositados na pele por uma picada do mosquito-palha. Esses parasitas (leishmania) produzem uma lesão local no ponto da picada e migram através do corpo, causando destruição de tecido em pontos distantes.
Leishmaniose mexicana - lesão na bochecha
Ilustração
-
Leishmaniose no dedo - Ilustração
Há diversos tipos diferentes de leishmaniose, mas todos são transmitidos pela picada do mosquito-palha. Uma ferida inicial se desenvolve no local da picada, como mostrado aqui. A infecção pode se espalhar pelo corpo a partir desse ponto.
Leishmaniose no dedo
Ilustração
-
Leishmania panamensis no pé - Ilustração
Há diversos tipos diferentes de leishmaniose, mas todos são transmitidos pela picada do mosquito-palha. Uma ferida inicial se desenvolve no local da picada, como mostrado aqui. A infecção pode se espalhar pelo corpo a partir desse ponto.
Leishmania panamensis no pé
Ilustração
-
Leishmania panamensis - imagem detalhada - Ilustração
Há diversos tipos diferentes de leishmaniose, mas todos são transmitidos pela picada do mosquito-palha. Esta é a aparência típica do estágio inicial da leishmaniose.
Leishmania panamensis - imagem detalhada
Ilustração
Data da revisão: 9/27/2017
Revisão feita por: Jatin M. Vyas, MD, PhD, Assistant Professor in Medicine, Harvard Medical School; Assistant in Medicine, Division of Infectious Disease, Department of Medicine, Massachusetts General Hospital, Boston, MA. Also reviewed by David Zieve, MD, MHA, Medical Director, Brenda Conaway, Editorial Director, and the A.D.A.M. Editorial team.