Compulsão alimentar
Comer - compulsão alimentar; Comer em excesso - compulsivamente; Comer em excesso compulsivamenteCompulsão alimentar é um distúrbio alimentar em que a pessoa come regularmente uma grande quantidade de comida. Durante um episódio de compulsão alimentar, há perda de controle; a pessoa não consegue parar de comer.
Causas
A causa exata da compulsão alimentar é desconhecida. Fatores que podem levar à compulsão alimentar incluem:
- Genes, como ter parentes próximos que também têm um distúrbio alimentar
- Alterações da química cerebral
- Depressão ou outras emoções, como sentir-se perturbado ou estressado
- Dieta não saudável, como não comer alimentos nutritivos suficientes ou pular refeições
A compulsão alimentar é um distúrbio alimentar comum, afetando mais mulheres que homens. Elas são mais afetadas quando jovens, enquanto homens são mais afetados na meia-idade.
Sintomas
Uma pessoa com compulsão alimentar:
- Come grandes quantidades de comida em um curto período (por exemplo, a cada 2 horas).
- Não é capaz de controlar excessos; por exemplo, é incapaz de parar de comer ou controlar a quantidade de comida.
- Come muito rápido.
- Continua comendo mesmo quando está cheio ou até sentir desconforto.
- Come mesmo sem estar com fome.
- Come sozinho (em segredo).
- Sente-se culpado, envergonhado ou deprimido depois de comer.
Cerca de dois terços das pessoas que sofrem de compulsão alimentar são obesas.
A compulsão alimentar pode ocorrer sozinha ou associada a outro distúrbio alimentar, como a bulimia. Pessoas com bulimia comem grandes quantidades de alimentos altamente calóricos, muitas vezes em segredo. Após essa compulsão alimentar, eles frequentemente se forçam a vomitar, tomar laxantes ou se exercitam vigorosamente.
Exames e testes
O profissional de saúde irá realizar um exame físico e perguntar sobre seus padrões alimentares e sintomas.
Exames de sangue poderão ser solicitados.
Tratamento
Os objetivos gerais do tratamento são:
- Diminuir e, no futuro, eliminar os incidentes compulsivos.
- Chegar a um peso saudável e mantê-lo.
- Receber tratamento para problemas emocionais, incluindo superar sentimentos e gerenciar situações que desencadeiam a compulsão alimentar.
Transtornos alimentares, como compulsão alimentar, são frequentemente tratados com aconselhamento psicológico e nutricional.
Aconselhamento psicológico também é chamado de terapia. O profissional de saúde mental entende os problemas das pessoas que comem compulsivamente. Ele ajudará você a reconhecer os sentimentos e pensamentos que fazem com que você coma compulsivamente, ensinando como transformá-los em pensamentos úteis e ações saudáveis.
Aconselhamento nutricional também é importante para a recuperação. O nutricionista ajudará você a desenvolver planos de refeições estruturados, alimentação saudável e metas de gerenciamento de peso.
O médico poderá prescrever medicamentos se você estiver ansioso ou deprimido. Medicamentos para ajudar na perda de peso também podem ser prescritos.
Grupos de apoio
Pode ser útil frequentar um grupo de apoio, diminuindo o estresse causado por essa condição. Compartilhar com outras pessoas que têm experiências e problemas em comum poderá ajudá-lo a não se sentir sozinho.
Expectativas (prognóstico)
A compulsão alimentar é um distúrbio tratável. Psicoterapia a longo prazo parece ser a abordagem terapêutica mais útil.
Complicações
Pessoas com compulsão alimentar geralmente têm uma dieta pouco saudável, rica em açúcar e gordura e pobre em nutrientes e proteínas. Isso pode levar a problemas de saúde, como colesterol alto, diabetes tipo 2 ou doença da vesícula biliar.
Outras complicações podem incluir:
- Doença cardíaca
- Hipertensão arterial
- Dor nas articulações
- Problemas na menstruação
Quando contatar um profissional de saúde
Entre em contato com o seu médico se achar que você ou algum amigo ou familiar possa ter um padrão de compulsão alimentar ou bulimia.
Referências
American Psychiatric Association. Feeding and eating disorder. In: American Psychiatric Association. Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders. 5th ed. Arlington, VA: American Psychiatric Publishing. 2013;329-345.
Kreipe RE. Eating disorders. In: Kliegman RM, Stanton BF, St. Geme JW, Schor NF, eds. Nelson Textbook of Pediatrics. 20th ed. Philadelphia, PA: Elsevier; 2016:chap 28.
Lock J, La Via MC; American Academy of Child and Adolescent Psychiatry (AACAP) Committee on Quality Issues (CQI). Practice parameter for the assessment and treatment of children and adolescents with eating disorders. J Am Acad Child Adolesc Psychiatry. 2015;54(5):412-425. PMID: 25901778 www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25901778.
Tanofsky-Kraff, M. Eating disorders. In: Goldman L, Schafer AI, eds. Goldman-Cecil Medicine. 25th ed. Philadelphia, PA: Elsevier Saunders; 2016:chap 219.
Thomas JJ, Mickley DW, Derenne JL, Klibanski A, Murray HB, Eddy KT. Eating disorders. In: Stern TA, Fava M, Wilens TE, Rosenbaum JF, eds. Massachusetts General Hospital Comprehensive Clinical Psychiatry. 2nd ed. Philadelphia, PA: Elsevier; 2016:chap 37.
Data da revisão: 3/26/2018
Revisão feita por: Fred K. Berger, MD, addiction and forensic psychiatrist, Scripps Memorial Hospital, La Jolla, CA. Also reviewed by David Zieve, MD, MHA, Medical Director, Brenda Conaway, Editorial Director, and the A.D.A.M. Editorial team.